Aceitei ser candidato. Ao contrário de outras vezes quis ponderar. Quando alguns colocavam dúvidas sobre a vantagem da minha presença na lista do PSD, também hesitei.
Quis ter a certeza que o convite se prendia com critérios que não aqueles que alguns me queriam colar. Ser ou não candidato não pode depender de ser dirigente do PSD de Lisboa. Ter sido vereador em mandatos anteriores não deve ser motivo de exclusão.
É um facto que fui vereador no mandato que agora foi interrompido. Fui eleito na lista do PSD. Orgulho-me do trabalho que fiz em Lisboa neste ano e meio. Sei que não agradei a todos. Nunca se agrada a todos. Sobretudo, estive empenhado em fazer algo que gosto muito - todos os dias trabalhar para melhorar a minha cidade, para resolver problemas dos lisboetas.
Considero que o desempenho de qualquer eleito pelo PSD, aquilo que cada um faz, não é património pessoal mas património do PSD. É assim que encaro a representação em qualquer cargo desempenhado nestas condições.
Mas também julgo que o PSD e os seus militantes devem considerar o trabalho efectuado pelos seus eleitos património do partido e que dele não devem abdicar.
Quem aponta como critérios de inclusão ou exclusão de alguém de uma lista o facto de ser dirigente partidário ou participação anterior em candidaturas do próprio partido, está a cometer, na minha opinião, graves erros de apreciação e, no último caso, no limite, demonstra falta de solidariedade.
Na minha opinião os critérios deverão ser, além da apreciação do próprio candidato, a competência e o conhecimento.
Esclarecidos os critérios do convite que me foi dirigido pelo Dr. Fernando Negrão, entendi aceitar o desafio proposto.
Estou empenhado e orgulhoso por representar o meu partido e assim poder continuar a trabalhar por Lisboa com empenho renovado.